quarta-feira, setembro 20, 2006

O amor despenteia

Longe de ti, as mãos seguram a consciência a fim de mantê-la salva. Pois, longe, saudades, desejos e realidade se confundem. Fico a imaginar como tocar e sentir, como falar e ouvir. Mas quando juntos, perdem-se sentido, direção e noção. Os braços te mantêm por perto. Os lábios bebem de ti, saboreando cada sensação. Sussurro ventos aos teus ouvidos, provoco arrepios em pêlos e nervos, só para sentir a teu relevo granular. Ainda assim, suave pele. Deixo de ver com os olhos para enxergar-ti com o coração. Guardo na memória, uma foto, a prova que o amor despenteia.

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