quinta-feira, dezembro 28, 2006

O lápis e o maestro

Novo ano, nova página, o lápis tá afiado e pronto para dançar. Habilidoso, pode bailar em todos os ritmos e estilos a fim mostrar o melhor risco de grafite já feito. Um novo ano, uma nova chance... O lápis já está preparado para você, falta você, maestro, reger uma nova sinfonia, ou consertar uma antiga melodia... Não precisa ter um fim, basta ser feliz.

terça-feira, dezembro 26, 2006

O mágico e o ilusionista

Esse é só mais um rabisco
Que no seu traçado vira poesia, e na minha voz vira canção.
Um rabisco que fala de amor, um amor que é pura ilusão.

Porque amar é assim, como pular de um precipício, você acha que está voando até dar de cara com o chão. Então amar é um suicídio.
O amor é uma doença que nos deixa vulneráveis. O amor é insanidade.
Amar é perder o controle, a racionalidade.
O amor é a mentira mais ouvida, a desculpa mais usada, o produto mais vendido, a palavra mais gasta.
Amar é escrever sem ser lido, falar sem ser ouvido, é fazer sem ser reconhecido.
Amar é ser anônimo, é ser inteiro e se sentir vazio.
O amor nos seqüestra, aprisiona, tortura, marca e traumatiza.
Amar é chorar, sofrer. Amar é morrer em vida.

Esse é só mais um rabisco
Que na sua voz vira canção, e no meu traçado vira poesia.
Um rabisco que fala de amor, um amor que é pura magia.

Porque amar é assim, você pula de cabeça, sem asas, e acaba voando.
Dota a vida de emoção, é o nascimento de um novo coração.
O amor é uma doença degenerativa, sem cura, que gera a vida.
Ele ainda é a mentira mais desejada, a palavra mais escrita. É, também, a verdade mais sentida e o produto mais doado.
Amar é sorrir com um sorriso arrancado, é sentir saudade de quem estar do outro lado.
É fazer sem exigir reconhecimento, mas reconhecer o que é feito.
Amar é ser homogêneo, é ser um quando se são dois.
O amor nos guia, convida a viajar, deixa nas alturas, impressiona e valoriza.
Amar é sorrir, ter sorte. Amar é viver além da morte.

Mas esse é só mais um rabisco
Que fala de um amor mágico e outro ilusionista
Só mais um rabisco com os traços de música e o som de poesia.


Co-autoria: Flávia Cuvelo e Danilo de Castro.

segunda-feira, dezembro 18, 2006

Viva

Uma viva a todo amor,
um viva para um gesto gentil,
um viva para uma pessoa educada,
um viva para um carinho desejado,
um viva para um carinho dado,
um viva para a saudade,
um viva para a presença,
um viva para quem reconhece que errou,
dois para quem conserta,
um viva para quem acerta,
um viva para quem imagina,
um viva para quem tenta,
um viva para vida, pela vida...
Viva enquanto houver vivas,
Crie vivas quando deixar de viver.
Um viva à vida vale mais que uma vida viva.


Arte final: Flávia Curvelo

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