Esse é só mais um rabisco
Que no seu traçado vira poesia, e na minha voz vira canção.
Um rabisco que fala de amor, um amor que é pura ilusão.
Porque amar é assim, como pular de um precipício, você acha que está voando até dar de cara com o chão. Então amar é um suicídio.
O amor é uma doença que nos deixa vulneráveis. O amor é insanidade.
Amar é perder o controle, a racionalidade.
O amor é a mentira mais ouvida, a desculpa mais usada, o produto mais vendido, a palavra mais gasta.
Amar é escrever sem ser lido, falar sem ser ouvido, é fazer sem ser reconhecido.
Amar é ser anônimo, é ser inteiro e se sentir vazio.
O amor nos seqüestra, aprisiona, tortura, marca e traumatiza.
Amar é chorar, sofrer. Amar é morrer em vida.
Esse é só mais um rabisco
Que na sua voz vira canção, e no meu traçado vira poesia.
Um rabisco que fala de amor, um amor que é pura magia.
Porque amar é assim, você pula de cabeça, sem asas, e acaba voando.
Dota a vida de emoção, é o nascimento de um novo coração.
O amor é uma doença degenerativa, sem cura, que gera a vida.
Ele ainda é a mentira mais desejada, a palavra mais escrita. É, também, a verdade mais sentida e o produto mais doado.
Amar é sorrir com um sorriso arrancado, é sentir saudade de quem estar do outro lado.
É fazer sem exigir reconhecimento, mas reconhecer o que é feito.
Amar é ser homogêneo, é ser um quando se são dois.
O amor nos guia, convida a viajar, deixa nas alturas, impressiona e valoriza.
Amar é sorrir, ter sorte. Amar é viver além da morte.
Mas esse é só mais um rabisco
Que fala de um amor mágico e outro ilusionista
Só mais um rabisco com os traços de música e o som de poesia.
Co-autoria: Flávia Cuvelo e Danilo de Castro.